O Transporte Aeromédico no Brasil conta com iniciativas públicas e privadas. Segundo a ANAC, atualmente o setor privado tem sido explorado por cerca de 39 empresas de táxi-aéreo

 

O Transporte Aeromédico é responsável pelo salvamento de milhares de vidas. Estima-se que no Brasil a atividade receba uma média de 7 mil ocorrências por ano. Os dados levam em conta tanto o resgate como o deslocamento de pacientes em estado grave.

Apesar dos benefícios dessa assistência, as operações no Brasil ainda são pequenas em relação a outros países. Por esse e outros motivos, o Governo Federal estuda a criação de uma nova legislação para melhorar o transporte aeromédico.

Continue lendo para saber mais sobre os desafios e oportunidades do Transporte Aeromédico no Brasil.

 

O que é um Transporte Aeromédico?

 

O Transporte Aeromédico é realizado para resgate ou atendimento de pacientes em estado grave. Tendo como característica a agilidade, segurança e eficácia. 

Além do resgate e transporte de pessoas, também são realizados transportes de órgãos para transplantes, missão conhecida como TROV (Transporte de Órgãos Vitais). 

O Transporte Aeromédico no Brasil conta com iniciativas públicas e privadas. O serviço aeromédico público ainda é pequeno, já o privado tem sido explorado por diversas empresas de táxi aéreo regulamentadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Os cuidados para uma operação aérea bem sucedida são inúmeros. Os principais são: contar com uma aeronave certificada de acordo com as normas da ANAC e um time de tripulantes capacitado para lidar com as particularidades do voo de salvamento.

Transporte Aeromédico no Brasil

 

Os primeiros registros de voos no Brasil com a finalidade de resgate ou salvamento foram em 1950. No entanto, somente em 1990 o transporte aeromédico começou a se expandir de fato.

Desde então, surgiram as empresas particulares para atender a demanda de pacientes graves em locais de difícil acesso ou longas distâncias. 

Atualmente no Brasil, o atendimento aeromédico inter-hospitalar é realizado por empresas privadas e em alguns casos contratados pelo Estado. 

Um exemplo é o Estado do Paraná que através do CONSAMU – Consórcio Intermunicipal SAMU Oeste – e Secretaria de Saúde, investe em contratação de táxi-aéreo para resgate e transporte de pacientes. 

Nessa operação são investidos em média R$ 3,1 milhões por mês, utilizando helicópteros e aviões em resgates e salvamentos. 

A atividade de resgate aeromédico público é realizada pelo Estado através de Organizações Aéreas de Segurança Pública – OASP.  Podendo ter parceria com Serviços de Resgate e Atendimentos de Urgências das Secretarias Municipais ou Estaduais de Saúde ou através de empresas contratadas.

OASP são as unidades de aviação das Polícias Militares, Polícias Civis, Corpo de Bombeiros Militares, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal ou das Secretarias de Segurança Pública que realizam atividades de resgate e transporte aeromédico. 

Em muitos Estados essas unidades são integradas, além de realizarem atividades aeromédicas, também atuam na Segurança Pública e na Defesa Civil.

 

Desafios do Brasil no Transporte Aeromédico

 

O Brasil encontra um grande desafio na área de Transporte Aeromédico. Tratando-se de uma atividade que depende de dois setores complexos, medicina e aviação, exigindo grande empenho técnico e investimento financeiro.

Atualmente apenas 3% da frota de helicópteros a turbina são dedicadas ao resgate aeromédico. Comprar aeronaves pode se postar como solução para esse problema, mas existe a necessidade de compor equipes técnicas e gerir a formação dessas pessoas (Pilotos, Mecânicos, Médicos, Enfermeiros).

As equipes de salvamento e resgate aeromédicas públicas hoje são da aviação policial e bombeiros, integrando a eles o Corpo Médico (Médicos e Enfermeiros). 

No entanto, esse formato aplicado hoje mostrou-se eficiente e acertado, mas com o tempo e o aumento da demanda aeromédica, pode levar a uma dificuldade no atendimento das solicitações policiais e de defesa civil.

Além disso, o setor ainda enfrenta dificuldade em relação à regulamentação que ainda não acompanha a realidade. Sendo comuns os conflitos entre normas aeronáuticas e médicas.

Outro desafio é a realização de capacitação da tripulação (piloto, co-piloto e até comissários) que devem ser aplicadas a médio e longo prazo.

Para esses profissionais, existem treinamentos bem específicos que abrangem desde temas como a fisiologia do voo: alterações de temperatura, oxigênio e vibrações que podem afetar o paciente, até detalhes sobre o funcionamento de aparelhos e medicamentos utilizados.

Essa preparação é fundamental e coloca tripulantes e profissionais da saúde alinhados aos principais objetivos do transporte, principalmente a segurança do paciente. 

 

O futuro do transporte aeromédico no Brasil

 

Especialistas se reuniram na 6ª Edição do Fórum Asas, que aconteceu esse ano (2019) em São Paulo, para debater o tema “Um Novo Modelo de Operação Aeromédica”. 

O evento, organizado pela Edições Rota Cultural e a Revista ASAS, contou com apoio de grandes empresas do setor e teve a presença de membros das áreas da aviação e saúde, poder público, associações setoriais, táxi aéreos e formadores de opinião.

O conteúdo centrou-se no grande potencial do setor de transporte aeromédico, que mesmo contando com operadores capacitados para a missão, enfrenta uma demanda reprimida.

Segundo Frédéric Bruder, CEO do resgate aéreo da ADAC (Automóvel Clube da Alemanha) e um dos palestrantes do evento, hoje o Estado de São Paulo tem, em média, um helicóptero aeromédico dedicado para cada 14 milhões de habitantes. No território alemão, que tem o quase o dobro da área e da população, tem uma aeronave dedicada para cada milhão.

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Fontes:

 

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