Compartilhando uma rotina intensa e muita responsabilidade, os controladores de tráfego aéreo trabalham ativamente para garantir a segurança de pousos e decolagens em todo o Brasil. 

 

O olhar atento e o controle emocional deve fazer parte do dia a dia de quem monitora o tráfego de aeronaves no Brasil. Os controladores de voo, são profissionais fundamentais para a segurança no transporte aéreo. 

No dia a dia, homens e mulheres transformam diversas informações das telas em comandos para os pilotos. Descubra agora um pouco mais sobre a rotina desses profissionais incríveis. 

 

Controladores de Tráfego Aéreo

(Fonte da imagem: Reprodução/Fab)

 

Os controladores de tráfego aéreo são responsáveis por manter as naves em uma distância segura uma das outras, orientar cada uma em pousos, decolagens e muito mais. Entretanto, para que isso seja possível, também se faz necessário um plano anterior, o plano de voo.

O plano de voo é elaborado pelo próprio piloto antes de embarcar. Nesse documento são colocadas as principais informações como o destino, horas e altitude, por exemplo. Quando concluído ele é enviado à torre de controle.

Após o envio do plano de voo, os controladores dão ao piloto as coordenadas para que ele voe de forma segura. A partir desse momento, desde antes da decolagem da aeronave, os controladores monitoram tudo. 

Em cada aeroporto existe uma torre de comando. Com o uso de tecnologia avançada, os controladores de voo acompanham cada aeronave do começo da sua decolagem até o pouso em segurança.

Existe uma distância de segurança em cada coordenada de voo. Além disso, no ar e afastada cerca de 10 quilômetros do perímetro do aeroporto, a aeronave passa a ser monitorada pelos radares do Controle de Aproximação (ou APP).

Desse modo, o Controle de Aproximação garante a distância mínima entre aeronaves e indica coordenadas, rotas, velocidade e outros para que ele seguramente não colida com outros aviões.

Já fora da área do Controle de Aproximação, a aeronave entra no Controle de Área (ou ACC), que fica a cargo dos chamados Cindactas, que verificam se a nave segue o plano normalmente. A partir dali o avião segue seu caminho até chegar ao seu destino final no hangar.

No centro de controle, a dedicação é focada e exclusiva a execução desta atividade. O local funciona 24 horas, sete dias na semana, não há distrações no ambiente e é proibido o uso de celulares. Para evitar o desgaste psicológico, o trabalho deve ser realizado por, no máximo, uma hora e meia seguida. 

Na sala, os profissionais ficam em frente a monitores onde é possível acompanhar em tempo real todas as aeronaves. Além disso, cada controlador é responsável por 12 a 14 aviões de uma só vez.

Os controladores de tráfego aéreo aparecem entre as primeiras posições do ranking das profissões mais estressantes. Esse nível de stress foi calculado com base em quatro principais características: consequência de erro, pressão, stress e o salário anual.

 

Tecnologia

 

Em todas as etapas de acompanhamento do voo é feito o uso de tecnologia, não somente da própria aeronave mas também de seu percurso. 

Além disso, essa tecnologia é utilizada também para localização de aviões em caso de uma tragédia ou de alguma eventualidade. 

 

Radares

 

Os radares são os responsáveis em mostrar aquilo que não se vê. É através deles que é feita a segurança e o monitoramento das aeronaves no ar, assegurando que a melhor rota seja seguida.

Eles são posicionados em muitos locais para abranger a maior área possível. Alguns radares ficam próximos das áreas em que o controle aéreo se posiciona, outros ficam mais afastados, em montanhas e localidades altas, garantindo um completo monitoramento

 

Tipos de radares

 

Existem dois tipos de radares: os primários, secundários, de solo e de precisão.

Radares primários fazem o serviço que já conhecemos ao enviar um pulso para a atmosfera, que retorna ao bater no objeto e mostra o local em que se encontra aquela aeronave. 

Radares secundários medem, para o controle de tráfego aéreo, informações como a altitude das aeronaves. Nesse caso, é necessário que o avião possua um aparelho chamado “transponder”, que recebe e envia dados entre torre de comando e aeronave.

Radares instalados no solo para controlar o movimento das aeronaves, principalmente em locais em que a condição climática tende a não ser favorável.

Radares de precisão (PAR) são usados também em condições de mau tempo, eles mostras informações completas sobre altitude e distância.

Os controladores também ficam sempre de olho nos satélites para recepção de informações meteorológicas, além de sensores que recebem informações de temperatura, pressão e umidade atmosféricas.

 

Comunicação por rádio

 

A comunicação entre os controladores de voo e o piloto é muito importante antes, durante e após qualquer voo.  Para que o avião e os locais de controle estejam em contato, o rádio é um instrumento fundamental.

Além disso, há também a troca de informações com órgãos internacionais, para que as informações em relação à aeronave sejam enviadas e recebidas quando a mesma chega em um espaço aéreo internacional.

A aviação moderna atualmente se utiliza não apenas da Alta Frequência, mas também de ondas de Frequência Muito Alta (Very High Frequency ou VHF). As ondas VHF operam em variações de 118 a 138 MHz, através de frequência modulada (em comparação, uma rádio FM opera entre 87 e 108 MHz no mesmo tipo de frequência modulada).  

Todavia, a comunicação em VHF pode ser prejudicada em condições meteorológicas desfavoráveis ou em locais com muitos arranha-céus, por exemplo. É preciso que a linha entre torre de controle e aeronave esteja desimpedida. Por isso, a Frequência Muito Alta é usada em comunicações mais próximas.

Ambas as tecnologias estão fadadas a não ser infalível, principalmente em condições atmosféricas não favoráveis. Quando não favorável, a comunicação pode ter “chiados” e falhas. Nesse caso, os Centros de Controle possuem várias frequências alternativas que podem ser usadas para uma propagação melhor do sinal.

 

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/internet/3908-tecnologia-no-controle-de-trafego-aereo.htm

 

Formação

 

No Brasil, apenas dois locais podem dar aulas e formar pessoas: o ICEA — Instituto de Controle do Espaço Aéreo de São José dos Campos, para controladores civis, e a EEAR — Escola de Especialistas da Aeronáutica de Guaratinguetá, para controladores militares.

Para se tornar um Controlador de Voo é necessário ter um conhecimento amplo em meteorologia, navegação aérea, geografia, inglês, aeronaves e também de todas as normas de tráfego aéreo.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), atualmente 4,4 mil controladores de voo atuam em quatro centrais espalhadas no país. Ao todo, são 3,5 mil militares e apenas 157 civis.

Fora da gestão da aeronáutica, ainda há outros 861 controladores que atendem empresas prestadores de serviço de tráfego aéreo, como a Infraero, o Exército e a Marinha. O controle de tráfego aéreo no aeroporto de Guarulhos, por exemplo, fica a cargo da Infraero.

A formação de um controlador leva, em média, dois anos e não exige nível superior. Para militares, a entrada é por meio de concurso público. A formação é oferecida pela Escola de Especialista da Aeronáutica (EEAR), na cidade de Guaratinguetá (SP).

Para os civis, o curso é dado no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP). Após a formação, o salário médio varia de R$ 3,5 mil a R$ 4,4 mil.

 

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2018/10/20/controladores-de-voo-contam-como-e-a-rotina-de-quem-organiza-o-espaco-aereo-de-brasilia.ghtml

 

 

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