Com investimento inicial de US$ 500 milhões, a companhia pretende gerar 4 mil empregos diretos até o fim do ano
No início das operações, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) estará em oito cidades brasileiras: Belo Horizonte-Confins (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro-Galeão (RJ), Salvador (BA) e São Paulo-Guarulhos (SP). O voo inaugural está programado para 29 de junho. Sidnei Piva, presidente do Grupo Itapemirim, conta que o planejamento para a criação da ITA começou em 2019, quando ele participou de uma rodada de negócios nos Emirados Árabes. Até final de 2024 ou no máximo no início de 2025, o grupo planeja uma oferta pública de ações (IPO) na bolsa de valores brasileira (B3).
“Os principais financiadores são os fundos de investimentos árabes, responsáveis pelo aporte inicial de US$ 500 milhões. Mas já fomos procurados por outros investidores brasileiros, chineses e americanos”, reforça Piva. Segundo ele, a ITA foi aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em tempo recorde, pela qualificação da mão de obra e qualidade dos equipamentos. A pandemia, diz o presidente, atrasou o lançamento. Por outro lado, deu mais tempo para a compra de aeronaves mais robustas, como Airbus A320 customizados e reconfigurados para 162 assentos e mais espaço individual para todos os passageiros. Ainda não há voos para os aeroportos Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP).
Mas nesses locais, os passageiros terão tratamento diferenciado, com horários sintonizados com os ônibus da companhia (de Galeão ou Guarulhos), com transporte sem custo. “Vamos fazer com que o cliente se sinta na extensão da sua casa”, promete. “A empresa é a única lançada nesse período de pandemia. Entra com vigor, arrojada, com os olhos no futuro”, reforça Piva. Ele aposta que, até o final de julho, com o avanço da vacinação, a economia vai reagir, o real vai se valorizar frente ao dólar e o “Brasil vai entrar nos trilhos”. A empresa já contratou 500 funcionários. Em julho, serão mais mil. E em agosto, 2,5 mil, totalizando 4 mil até o fim de 2021.
Beneficente
O Grupo Itapemirim atua no setor de transporte rodoviário e Metro ferroviário – desde o fornecimento de trilhos, energia, sinalização e controle, até a oferta de bilhetagem, componentes para vagões e soluções completas na fabricação, instalação, operação e gerenciamento de ferrovias, como os modernos Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), companhia aérea do Grupo Itapemirim, abrirá a venda de passagens aéreas na próxima sexta-feira, dia 21 de maio.
O voo inaugural da companhia está agendado para o dia 29 de junho de 2021, com renda revertida para instituições beneficentes, e o início dos voos comerciais será no dia seguinte, 30 de junho. As passagens poderão ser compradas no site www.voeita.com.br e agências de viagens. A partir de 1º de agosto, as capitais Recife (PE), Maceió (AL), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Natal (RN) serão somadas à malha da ITA. Até junho de 2022, a companhia pretende ampliar a cobertura e chegar a 35 destinos no Brasil. Os passageiros terão entre 79 cm e 107 cm de espaço, dependendo da localização do assento na aeronave.
“Estamos reconfigurando os aviões para 162 assentos para que nossos passageiros possam desfrutar de uma viagem de preço acessível, porém com toda a comodidade e segurança”, explica Sidnei Piva. Além do conforto, a companhia vai ter serviços como despacho gratuito de bagagem para todas as classes tarifárias e, quando possível, serviço de bordo com refeições quentes. No momento, a frota da ITA tem cinco aeronaves Airbus A320. A previsão é de chegar ao final do ano com 20 no total.
No primeiro semestre de 2022, a ITA receberá cinco aeronaves por mês, para, até junho do ano que vem, completar a frota total de 50 aeronaves. O grupo Itapemirim iniciou as atividades no transporte rodoviário em 1953, com apenas 16 ônibus na garagem. Hoje, tem 1,5 mil funcionários, atende 2,7 mil cidades de 19 estados brasileiros, com 89 linhas em operação e um total de 350 ônibus, com a marca de 60 milhões de quilômetros rodados ao ano, para mais de 2,5 milhões de passageiros.