No dia 05/07 de 2019 (sexta), foi comemorado os 60 anos da ponte-aérea entre as duas cidades mais populosas do país, o Rio de Janeiro e São Paulo. Estima-se que os terminais carioca e paulista, transportam mais de 26,5 mil passageiros diários.

 

Essa ligação aérea transporta milhares de passageiros por dia entre os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) e está entre as quatro mais movimentadas do planeta. A rota é responsável por aproximadamente 40 mil voos e capacidade para mais de 7 milhões de passageiros a cada ano. 

O termo “ponte-aérea” foi criado em 1959 para denominar o acordo entre as empresas Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul. Quer saber um pouco mais sobre essa história? Vem com o Portal do Aeronauta.

 

60 ANOS: Ponte-Aérea

 

(Fonte: Reprodução/O Globo)

 

Em 1959, o Rio de Janeiro era a capital federal do país e São Paulo a maior cidade brasileira. A aviação comercial no Brasil era dominada pela Panair, nos voos internacionais, e pela Real Aerovias, operando entre São Paulo e Rio de Janeiro.

Na intenção de conter a agressividade da Real Aerovias, as companhias aéreas Varig, Cruzeiro do Sul e Vasp se reuniram e decidiram competir pelo trecho Rio-São Paulo. 

A Real, a maior concorrente até então, perdeu força depois da criação da ponte-aérea e foi comprada pela Varig.

A proposta era operar em conjunto as decolagens e, assim, substituir voos quase vazios de cada companhia por um lucro em grupo. Nascia então a Ponte-Aérea, em 5 de julho de 1959.

O termo “ponte-aérea” foi criado para denominar o acordo entre as empresas. O conceito foi um sucesso e acabou inspirando outras rotas do gênero, como as pontes Nova York-Washington e Nova York-Boston.

Juntamente com ela surgiu o bilhete único, que permitia ao passageiro comprar a passagem e viajar em qualquer um dos aviões das três empresas. Assim, da noite para o dia, aviões começaram a sair lotados.

Criada 14 anos após ao surgimento da ponte aérea, a Infraero é parte dessa 

história. Em 1981, a Infraero passa a administrar o aeroporto de Congonhas e, também, em 1987, a empresa assumiu a gestão do Aeroporto Santos Dumont.

No primeiro ano em Congonhas, a Infraero iniciou a construção da sala para a ponte aérea, concluída em 1992. Esses foram os primeiros investimentos feitos pela empresa ao longo de mais de 30 anos de administração aeroportuária.

Hoje, o trecho Rio-São Paulo é também considerado a quarta rota doméstica mais movimentada do mundo, com quase 40 mil voos anuais, e a mais pontual do mundo, segundo a consultoria britânica Official Aviation Guide (OAG).

Pouca Concorrência 

 

Entre as rotas mais movimentadas do mundo, a Ponte Aérea Rio-São Paulo é a que tem o menor número de companhias operando. À época deste levantamento feito pela OAG (2018) eram três: Avianca Brasil, Gol e Latam Brasil.

No entanto, a Avianca Brasil saiu de cena, deixando para trás os cobiçados slots que permitem pousos e decolagens nos dois aeroportos

A Companhia Aérea Azul, terceira maior companhia do País e que atualmente não opera esta rota, foi a primeira a se interessar e fazer uma proposta de compra. 

Em seguida, Gol e Latam articularam com o Fundo Elliot, maior credor da Avianca Brasil, para a realização de um leilão que dividisse os ativos da companhia em sete. 

Com o fim da operação da Avianca, houve uma diminuição da concorrência e, consequentemente, preços maiores. 

Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) indica que somente no mês de abril – em comparação com o mesmo período de 2018 – os preços dos bilhetes nesta rota tiveram um salto de 69%. 

Importantíssima para o corporativo, a ponte-aérea representa 17% de todo o movimento de viagens de negócios no País. Os passageiros de lazer sofreram ainda mais. 

De acordo com um buscador de viagens, entre os dias 24 de maio e 4 de junho, os preços desta rota estiveram 86% mais caros do que no mesmo período do ano passado.

Dados Atuais

 

Segundo os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), considerando os valores praticados pelas empresas Gol e pela Latam, o preço da passagem aérea no trecho em 2018 foi de R$ 262,31. 

Por dia, cerca de 104 voos de 40 a 45 minutos de duração são executados no trajeto de 380 quilômetros. De acordo com o levantamento, 56% dos usuários da ponte aérea são do sexo masculino e 50,6% viajam por motivos de trabalho ou estudos. 

A faixa etária mais frequente é a que considera pessoas entre 31 e 45 anos de idade, representando 40,5% do total, enquanto a renda familiar mais popular é entre cinco a dez salários mínimos, valor ganho por 21,2% dos viajantes.

Com quase 40 mil voos por ano, a rota entre Rio e São Paulo perde apenas para as que envolvem Seul e Jeju, na Coreia do Sul, Melbourne e Sidney, na Austrália, e Bombaim e Nova Delhi, na Índia, em termos de tráfego aéreo doméstico. Na América Latina, a segunda mais movimentada é a peruana entre Lima e Cusco.

Administradora tanto do aeroporto de Congonhas (SP) como do aeroporto Santos Dumont (RJ), a Infraero publicou um especial sobre a data comemorativa em sua página oficial. Para conferir mais detalhes sobre a história confira abaixo.

 

Fonte: http://www4.infraero.gov.br/imprensa/noticias/ponte-aerea-rio-sao-paulo-60-anos/

 

Carreira na Aviação

 

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