É espiando o passado e idealizando o futuro que convidamos você para sobrevoar essa história. Em 6 de outubro de 2011, a Portaria 558/GC3 instituiu que anualmente no dia 11 de novembro comemora-se um marco importante na Aeronáutica, o dia do Material Bélico. A data remonta o ano de 1944, em meio à 2ª Guerra Mundial, o 1º Grupo de Aviação de Caça, composto por 350 militares, voava em combate pela primeira vez a bordo dos lendários aviões P-47 Thunderbolt. O avião também conhecido como “Jug”, foi o maior, mais caro e mais pesado caça na história da aviação a ser motorizado por um único motor de combustão interna.

    Os militares voaram um total de 5.465 horas de vôo em combate, utilizando em cada aeronave P-47, 8 metralhadoras calibre 0.50 mm, 06 foguetes de 5 polegadas, e até 1.134 kg de bombas, entre bombas de demolição de 500 libras, bombas de fragmentação e incendiárias, sendo lançados um total de 4.442 artefatos deste tipo.

   O 1º Grupo de Caça passou a fazer parte do Grupo de Caça 350, da Força Aérea Norte-Americana, juntando-se a outros três esquadrões daquele país. Os pilotos brasileiros iniciaram as operações, compondo esquadrilhas mescladas com pilotos americanos. Nessa época o Brasil ainda contava com o apoio de recursos de defesa do Estados Unidos.

     O Brasil teria firmado um acordo com o Estados Unidos para empréstimo de aeronaves. O Acordo de Cooperação Militar, estabelecia basicamente o fornecimento de material norte-americano para o Exército brasileiro em troca de minerais estratégicos. Os Materiais Bélicos se tornaram instrumentos fundamentais para que o país estivesse preparado para fazer a manutenção da paz.  

    Em meados de 1974, os países quebraram o Acordo de Cooperação Militar e o Brasil passou a produzir seus próprios recursos militares.  A finalização deste acordo faz com que as empresas privadas se unissem à estatal. Essa junção representou uma nova etapa para a força estratégica de defesa da Força Aérea Brasileira.

     Em Consequência, com cada vez mais demandas internas por recursos de defesa, se fez necessário a criação de um órgão específico para a atividade de nacionalização. Deste modo, em julho de 1977, foi criada a Comissão de Nacionalização de Material Aeronáutico (CONMA). A partir daí outros sistemas também foram criados para dar sustentação ao Material Bélico da Aeronáutica.

      Em busca da excelência na gestão e na governança dos processos realizados no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER), bem como a evolução dos sistemas aeronáuticos e bélicos operados pela FAB exigiram que mais uma vez a instituição buscasse se adaptar aos modernos paradigmas gerenciais e logísticos. Neste contexto, a Portaria nº 1.046/GC3, de 23 de julho de 2015 unificou o SISMA e o SISMAB em um único Sistema de Material Aeronáutico e Bélico (SISMAB), mantendo a DIRMAB como seu Órgão Central.

    Atualmente todo o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica (SISMAB) é dirigido pela Diretoria de Material Bélico (DIRMAB). A parte operacional fica no Rio de Janeiro e é feita pelo Parque de Material Bélico da Aeronáutica (PAMB-RJ). A Equipe conta com mais de 300 operadores e colaboradores remotos em resposta à um sistema de intensa responsabilidade.

   A Diretoria de Material Bélico da Aeronáutica (DIRMAB), foi concebida em 1980, para gerir as atividades de apoio logístico especificamente na área do Material Bélico da Aeronáutica. Dois anos mais tarde, em dezembro de 1982, é consolidado o SISMAB, que seria o Órgão Central do Sistema de Material Bélico da Aeronáutica. Ambos servindo de apoio à Estratégia Nacional de Defesa.

  Assim como as pessoas que a compõem, as instituições devem perseverar na busca constante pela melhoria contínua dos processos pelas quais seja responsável. Com este intuito, a DIRMAB continua evoluindo e se adaptando às novas tecnologias disponíveis e aos novos modelos de governança adotados pelo COMAER, de maneira a garantir a gestão adequada e eficiente dos assuntos relativos ao apoio logístico do SISMAB, no que concerne às funções logísticas de suprimento e manutenção, necessárias ao preparo e ao emprego da FAB.

   Todo o sistema foi idealizado para prezar sempre por manter as melhores condições técnicas, para o cultivo de uma administração engajada, baseada em objetivos sólidos e sempre cumprindo com os princípios estabelecidos pela Força Aérea Brasileira. Hoje a SISMAB além das demais atividades coordena 41 projetos bélicos de muita força como o Pistola, Fuzil, Python 4, Derby entre outros.

   Os militares atualmente fazem o manejo de bombas com Kit Lizard guiadas a laser, Mísseis Python 3 e Python 4, mísseis de quinta geração, A- Darter, que equiparão os novos caças Gripen NG, sensores, Pod Litening de designação laser, Reccelite de reconhecimento e Pod CME interferidor SKY SHIELD, além de óculos de visão noturna e diversas outras tecnologias de defesa.

  Com os constantes avanços tecnológicos as Forças Aéreas Brasileiras precisam assegurar que o quadro de militares esteja sempre atualizado e preparado para utilizar da melhor forma os novos recursos de defesa em prol da Soberania Nacional e o cumprimento da Missão Institucional.

    Um dos caminhos para se tornar um profissional na área é ingressar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) na especialidade Material Bélico. O militar será responsável pelos serviços técnicos de manutenção, estocagem e instalação de material bélico aéreo e terrestre. A atuação do especialista em material bélico é bastante ampla e ao longo da carreira o militar tem a oportunidade de participar anualmente de diversas operações.

   Todos os militares que participam na manutenção do Sistema de Material Aeronáutico e Bélico fazem um trabalho importante na história. Após 74 anos da Participação da Força Aérea Brasileira na Campanha da Itália, os pioneiros que trabalharam com responsabilidade, dedicação e competência, ainda são lembrados por terem tornado possível tamanho avançado em termos tecnológicos no armamento brasileiro.

    

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Fonte: http://www.fab.mil.br/

 

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