A pontualidade na aviação é um dos principais indicadores de desempenho no setor de transporte aéreo.
Ela é um importante diferenciador de serviços, especialmente para passageiros que buscam a prestação de serviços no horário acordado. Além disso, o bom desempenho no prazo pode ajudar a obter economias de custo significativas.
O atraso na decolagem ou pouso é uma questão crítica na aviação civil. Ele gera problemas para a operação, uma vez que afeta toda a rede aérea, acarretando em situação inconveniente aos passageiros. Por exemplo: um voo atrasado pode ser dispendioso para os passageiros, interferindo em seus eventos pessoais programados. Ou um passageiro em uma viagem com conexões pode acabar perdendo um dos seus voos. Situações como essa podem causar raiva e frustração aos que estão envolvidos.
Os atrasos geram um efeito cascata em todo o sistema, congestionando aeroportos e o tráfego aéreo, gerando insatisfação dos passageiros. Além deste impacto, as empresas aéreas incorrem em gastos adicionais com combustível, horas extras de funcionários, hospedagem, alimentação e transporte.
As razões mais comuns para o atrasos são aquelas de responsabilidade da operadora.
Pode ser por problemas de manutenção ou da tripulação, limpeza de aeronaves, bagagem de carga, abastecimento, por exemplo. Os atrasos podem também estar ligados ao sistema aeronáutico, abrangendo um amplo conjunto de possibilidade. Essas poderiam ser condições climáticas extremas, operações aeroportuárias, volume pesado de tráfego e controle de tráfego aéreo, por exemplo.
Existem também atrasos relacionados ao fator segurança podendo ter origem em situações como a evacuação de um terminal por exemplo.
Como mencionado acima, a meteorologia é um dos principais motivos para o não cumprimento dos horários dos voos. Dessa forma, ainda que no Brasil não exista nevascas e furacões, outros eventos climáticos são severos o suficiente a ponto de impedir voos. Tempestades, nevoeiros, chuvas de granizo e até mesmo temperaturas muito elevadas, por exemplo, podem provocar o fechamento e até limitar a capacidade de operação dos aviões e aeroportos.
O aprimoramento da infraestrutura aeroportuária e aeronáutica pode até minimizar os impactos do clima sobre a aviação. Mas ainda assim sempre haverá circunstâncias em que a pontualidade do transporte aéreo precisará se render à força da natureza.
Em contrapartida, é importante observar como a tecnologia tem sido uma grande aliada no quesito pontualidade na aviação civil. Aplicativos mobile e ferramentas de check in antecipado permitem que passageiros economizem tempo gasto nos saguões dos aeroportos. Consequentemente, o tempo para embarque é também reduzido.
Uma boa notícia é que a aviação nacional tem um ótimo desempenho no cumprimento dos horários dos voos.
Um estudo da consultoria britânica OAG, especializada em aviação civil, incluiu 10 aeroportos brasileiros e 4 companhias aéreas do país na lista dos mais pontuais do mundo.
Os dados fazem parte do documento Official Airline Guide 2018, resultado do levantamento feito em 2017 com base em 57 milhões de voos de companhias aéreas e aeroportos em todo o planeta. Sendo assim, o critério de pontualidade, tanto para aeroportos como para empresas aéreas, foi o pouso e a decolagem das aeronaves com até 15 minutos de atraso em relação ao horário previsto.
Os aeroportos de Guarulhos, Galeão, Brasília, Confins, Congonhas e Santos Dumont, os mais movimentados do país, estão na lista dos 20 mais pontuais do mundo. Também participam dessa lista os aeroportos de Viracopos, Curitiba, Recife e Porto Alegre. As quatro maiores empresas aéreas da aviação comercial brasileira – Gol, Latam, Avianca e Azul também aparecem no ranking internacional.
Na categoria grandes aeroportos, que transportam entre 10 milhões e 20 milhões de passageiros por ano, figuraram na lista internacional os aeroportos de Brasília, em quarto lugar, com 84,58
% de pontualidade; Rio de Janeiro (Galeão) no quinto lugar (84,25%); e Congonhas, em nono lugar (82,32%). O primeiro da categoria foi do Aeroporto de Osaka (Japão), com 88,45% de pontualidade.
Entre os aeroportos de médio porte, o brasileiro mais bem colocado na lista, ocupando o quarto lugar, foi o Aeroporto de Confins (BH), atingindo pontualidade de 84,96% em 2017. O Aeroporto Santos Dumont (RJ) apareceu no sétimo lugar (84,33%) e Viracopos (SP), na 12ª posição (83,14%). O primeiro da categoria foi o Aeroporto de Birmingham (Reino Unido), com índice de 89,52%.
Já na categoria aeroportos pequenos, o Aeroporto de Curitiba foi o mais bem classificado entre os aeródromos brasileiros de mesmo nível, ocupando o 14º lugar do ranking, com índice de 84,65% de pontualidade. Nessa lista, aparecem ainda os aeroportos de Recife, na 17ª colocação (83,61%); e Porto Alegre, em 20º lugar (83,45%). No primeiro lugar da categoria figurou o Aeroporto de Tenerife North (Ilhas Canárias), com pontualidade de 90,05%.
Para manter altos índices de pontualidade nos próximos anos é necessário prosseguir com os investimentos em infraestrutura e tecnologia. Além disso, é fundamental das continuidade ao trabalho coordenado entre todos os agentes do setor.
Investir em infraestrutura e em novas tecnologias vai permitir ao Brasil manter a excelência em pontualidade. Assim, alcançar superioridade em eficiência operacional, ficará cada vez mais dentro da nossa realidade.
Sendo assim, o setor aéreo ainda mais pontual e eficiente tem o poder de beneficiar todos!
Um transporte aéreo confiável é indutor do desenvolvimento. Dessa maneira, ele facilita a mobilidade das pessoas que transformam planos em realidade, abrindo novos negócios.
Mais informações: http://www.anac.gov.br/noticias/consultoria-britanica-inclui-10-aeroportos-e-4-aereas-do-brasil-entre-mais-pontuais-do-mundo