Com aval do Governo Bolsonaro, Boeing e Embraer estabelecem parceria estratégica para acelerar crescimento aeroespacial global.

 

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro informou que não usaria o poder de veto para a acordo entre a empresa brasileira Embraer com a norte-americana Boeing. As empresas juntas pretendem criar uma joint venture, ou seja, uma nova empresa de aviação comercial no país.

Além disso, nos termos do acordo, a Boeing deterá 80% da propriedade da joint venture e a Embraer, os 20% restantes.

A joint venture contemplará os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing.

A transação avaliada pela propriedade na joint venture será de 4,75 bilhões de dólares pela Embraer e por parte da Boeing o valor de 3,8 bilhões de dólares.

Portanto, a expectativa é que a parceria proposta seja contabilizada nos resultados da Boeing por ação, no início de 2020, e gere sinergia anual de custos estimada de cerca de 150 milhões de dólares.

A joint venture se tornará um dos centros da Boeing para o desenvolvimento de projetos, a fabricação e manutenção de aeronaves comerciais de passageiros e será totalmente integrada à cadeia geral de produção e fornecimento da Boeing.  

 

Boeing e Embraer

 

De acordo com comunicado conjunto divulgado pelas empresas, “ A parceria é a evolução natural de um extenso histórico de colaboração entre Boeing e Embraer que remonta há mais de 20 anos.”

Como resultado, após concluído o acordo entre as companhias, as operações ainda estarão sujeitas a aprovações regulatórias e de acionistas. Estima-se que a transação seja concluída até o final de 2019.

Uma vez consumada a transação, a joint venture será comandada por uma equipe de Executivos sediada no Brasil. Já a Boeing,  terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente ao diretor executivo, Muilenburg.

De acordo com o comunicado, a Boeing e a joint venture estarão aptas a oferecer uma linha de aeronaves comerciais de 70 a mais de 450 assentos, além de aviões de carga, oferecendo produtos e serviços do mais alto nível para melhor atender uma base global de clientes.

 

Defesa

Além disso, a Boeing e Embraer também irão criar outra joint venture para promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa, em especial o avião multimissão KC-390.

Em comunicado Nelson Salgado, vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, disse “Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390, assim como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da Boeing e da Embraer”.

 

Embraer

A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) é um grupo econômico multinacional Brasileiro responsável pela fabricação de aviões militares, comerciais, executivos ou agrícolas.

Atualmente é a maior empresa brasileira em exportação, líder de mercado na categoria de jatos 70 a 120 assentos. É a terceira maior fabricante de Jatos, atrás apenas da Boeing e Airbus.

A sede da Embraer está localizada em São José dos Campos, e possui outras joint-ventures (OGMA em Portugal e Harbin Embraer na China). Uma das pistas utilizadas para testes, localizada em Gavião Peixoto, tem 4.967 metros de extensão e é considerada a mais longa da América Latina.

A Embraer foi criada em agosto de 1969.  O início das atividades de fabricação de aviões deu-se após a conclusão de algumas obras de infra-estrutura civil, em janeiro de 1970.

A Empresa contava com 150 profissionais contratados, dentre a equipe que trabalhou no projeto do primeiro protótipo do Bandeirante no Centro Técnico de Aeronáutica (CTA).

A criação da Embraer estava fundamentada na fabricação do bimotor Bandeirante, mas logo a sua carteira de produtos aumentou, incorporando o planador Urupema, o avião agrícola Ipanema e o jato de combate Xavante.

O início da Embraer sinalizou a modernização da Força Aérea Brasileira (FAB), que operava, desde longa data, vários tipos obsoletos de aviões, a maioria oriunda da Segunda Guerra Mundial.

Frequentemente, a FAB importava aeronaves estrangeiras sem armamento e um grande esforço pós-compra era necessário para armá-las.

A primeira exportação da Embraer foi para o Uruguai. Em 1975, foram vendidos cinco EMB 110 C para a Força Aérea Uruguaia e dez EMB 201 Ipanema para o Ministério da Agricultura e Pesca. Além da venda das aeronaves, foi assinado contrato para a formação de pilotos.

 

Boeing na Aviação Comercial no Brasil

O Brasil é um importante mercado de aviões comerciais para a Boeing. A aviação comercial no país responde por 40% de toda a demanda do mercado na América Latina.

A Boeing entregou o seu primeiro avião comercial para o Brasil em 7 de junho de 1960, um 707, para a VARIG. Desde então, a Boeing entregou centenas de aviões comerciais, incluindo aviões de carga, para 13 companhias.

Além disso, trabalhou em parceria com seus clientes aéreos brasileiros para trazer melhorias de produtos e serviços para suas frotas.

Alguns exemplos são o pacote de Short Field Performance para 737NG e Boeing Sky Interior (Instituto GOL).

Também com projetos-piloto de reposição de peças para a GOL e a TAM Linhas Aéreas, e monitoramento de desempenho do avião, consultoria de solução e pacote de ferramentas remoto para a GOL.

 

Carreira

O acordo firmado entre a Embraer e Boeing vai movimentar setor aeronáutico no mundo todo. A parceria irá acelerar crescimento aeroespacial global e isso trará resultados inovadores nos próximos anos.

Como resultado, o mercado da aviação comercial será impactado de forma direta. O mercado de emprego estará cada vez mais criterioso na aviação civil.

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Fonte: Embraer

Boeing Brasil

Journalofwonder

Comunicado Oficial – Embraer e Boeing Joint Venture

 

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